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BREVE HISTÓRICO

A prática do Fundo Rotativo Solidário (FRS) tem suas raízes em costumes tradicionais de mutirão entre vizinhos e parentes numa comunidade: as pessoas ajudavam uns às outras na roça, trocavam sementes, alimentos, serviços. Nos anos 1980, várias organizações da sociedade civil que trabalhavam na promoção do desenvolvimento comunitário

e superação da pobreza, com apoio da cooperação internacional, junto a comunidades de baixa renda nos bairros da periferia das cidades ou nas áreas rurais do interior, começaram a resgatar e incentivar a prática: Famílias ou grupos beneficiados com recursos para iniciar uma atividade produtiva foram capacitados e estimulados para contribuir parte do lucro da atividade para um FRS, ou para repassar a cria de uma cabra recebida para outra família. Os Projetos Alternativos Comunitários (PACs) da Cáritas Brasileira, projetos comunitários na Região Sul apoiados com recursos das Igrejas Luteranas da  Europa e os primeiros projetos de geração de renda da Pastoral da Criança estão entre as primeiras iniciativas de fomento de FRS no Brasil. Alguns dos primeiros FRS do Sul deram início às primeiras cooperativas de crédito do Brasil.

Com a criação da SENAES -- Secretaria Nacional de Economia Solidária em 2004, o Governo Federal começou desenvolver e implantar políticas públicas de apoio aos Fundos Solidários dentro do contexto maior de apoio à economia solidária. A criação da SENAES e as políticas implantadas por ela foram fruto da mobilização do movimento social que se organizou, a partir de 2002 no Fórum Brasileiro de Economia Solidária (link) e os Fóruns Estaduais. Entidades e redes de apoio aos Fundos Solidários começaram se articular, organizaram intercâmbios e encontros e participaram em grupos de trabalho, conselhos e comitês onde acontecia um diálogo com o poder público para subsidiar a elaboração e exercer o controle social sobre a implementação das políticas públicas. Entre 2011 e 2013 cinco entidades da sociedade civil, conveniadas pela SENAES, conduziram um mapeamento nacional das experiências de Fundo Solidário. O mapeamento identificou mais de 1000 dessas experiências, 504 das quais ficaram cadastradas num banco de dados online (Link).

Em setembro de 2016, participantes do III Encontro Nacional de Fundos Solidários constituíram a Rede Brasileira de Fundos Solidários. Em 2018, o Programa Nacional de Apoio às Finanças Solidárias foi suspenso. Nos estados da Bahia e do Maranhão, ainda existem algumas ações de apoio aos Fundos Solidários com recursos públicos.

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